Muitas são as reclamações dos farmacêuticos no que diz respeito à profissão. As queixas passam por problemas como condições de trabalho precárias e desvios de função, mas nenhum tema é tão generalizado quanto o salário. A baixa remuneração do profissional faz que com que muitos precisem ter uma jornada de trabalho excessiva, administrando vários empregos para poder pagar as contas no final do mês.
O que muita gente não se dá conta é que esse não é um problema restrito aos potiguares e, muito menos, a essa carreira. O piso salarial dos nossos vizinhos paraibanos é de R$ 1465,53. Um enfermeiro no Rio Grande do Norte ganha R$ 1300 por uma carga horária de 44 horas semanais. Saindo da área biomédica, encontramos a mesma situação revoltante: Um jornalista recebe R$ 950 pela jornada de 30 horas semanais.
Tanta descrença tem feito muita gente procurar a saída nos concursos públicos. As escolas preparatórias estão repletas de profissionais das mais diversas áreas em busca de boa remuneração e estabilidade. Mas de acordo com a presidente do Sinfarn, Jacira Prestes, a solução para os farmacêuticos também pode ser encontrada no setor privado. “Na última convenção coletiva já tivemos avanços, como o reajuste de 7,3%. Além disso, somos o único estado que possui plantão remunerado no fim de semana, enquanto em vários estados a jornada é de 44 horas semanais, incluindo o sábado. A luta agora é pela redução da jornada de trabalho e participação nos lucros da empresa”.
Um ranking das profissões mais bem pagas do país elaborado pela Fundação Getúlio Vargas coloca o trabalhador graduado em farmácia na 35º posição. O salário médio (soma da renda de todos os empregos) pode subir se o farmacêutico contar com algum tipo de pós-graduação no currículo. A realidade preocupa, mas para o Sinfarn, a solução está na união de classes. “Precisamos nos juntar aos outros profissionais liberais para cobrar mudanças no cenário político nacional. É matando um leão por dia que se atinge o tão sonhado reconhecimento. Com todos unidos podemos conseguir muito mais”, afirma Jacira Prestes.
Veja os 40 primeiros colocados ranking da FGV:
1- Medicina (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 8.966,07
2- Administração (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 8.012,10
3- Direito (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 7.540,79
4- Ciências econômicas e contábeis (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 7.085,24
5- Engenharia (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 6.938,39
6- Medicina (graduação) Salário médio: R$ 6.705,82
7- Outros cursos de engenharia (graduação) Salário médio: R$ 6.141,05
8- Engenharia mecânica (graduação) Salário médio: R$ 5.576,49
9- Engenharia civil (graduação) Salário médio: R$ 5.476,85
10- Outros cursos de mestrado ou doutorado Salário médio: R$ 5.439,32
11- Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas, exclusive engenharia (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 5.349,96
12- Geologia (graduação) Salário médio: R$ 5.285,77
13- Engenharia elétrica e eletrônica (graduação) Salário médio: R$5.231,07
14- Militar Salário médio: R$ 5.039,14
15- Ciências agrárias (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 5.028,37
16- Outros cursos de ciências biológicas e da saúde (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 4.947,44
17- Engenharia química e industrial (graduação) Salário médio: R$ 4.844,92
18- Outros cursos de ciências humanas e sociais (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 4.677,14
19- Direito (graduação) Salário médio: R$ 4.649,63
20- Ciências econômicas (graduação) Salário médio: R$ 4.644,67
21- Agronomia (graduação) Salário médio: R$ 4.356,56
22- Propaganda e marketing (graduação) Salário médio: R$ 4.199,05
23- Odontologia (graduação) Salário médio: R$ 4.075,63
24- Administração (graduação) Salário médio: R$ 4.006,61
25- Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas, exclusive engenharia (graduação) Salário médio: R$ 3.949,86
26- Curso superior de mestrado ou doutorado (ainda não concluído) Salário médio: R$ 3.928,07
27- Letras e artes (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 3.864,82
28- Estatística (graduação) Salário médio: R$ 3.846,21
29- Arquitetura e urbanismo (graduação) Salário médio: R$ 3.835,08
30- Medicina veterinária (graduação) Salário médio: R$ 3.758,94
31- Física (graduação) Salário médio: R$ 3.516,52
32- Química (graduação) Salário médio: R$ 3.516,52
33- Comunicação social (graduação) Salário médio: R$ 3.435,09
34- Formação de professores de disciplinas especiais (graduação) Salário médio: R$ 3.408,60
35- Farmácia (graduação) Salário médio: R$ 3.381,98
36- Ciências da computação (graduação) Salário médio: R$ 3.325,40
37- Outros de ciências agrárias (graduação) Salário médio: R$ 3.278,04
38- Pedagogia (mestrado ou doutorado) Salário médio: R$ 3.219,14
39- Ciências contábeis e atuariais (graduação) Salário médio: R$ 3.105,60
40- Outros de ciências humanas e sociais (graduação) Salário médio: R$ 3.099,10